Observo pela janela as folhas das árvores balançarem suavemente. Então mente se desprende do corpo numa viagem também suave a um tempo distante. Observo um quintal, árvore frondosa onde um balanço se agita. Vozes que se misturam num alegre burburinho; viveiro de pássaros onde um pé de romã faz sombra nas águas de uma pequena fonte. Olho a casa, pequeno alpendre para onde caminho. Está tudo tão escuro, sombrio... Entro, adentro o passado. Observo, vasculho armários embutidos, procuro em vão pela colméia. Sinto falta das abelhas em meus cabelos. Escuto o ranger da corda e o tilintar do balde ao descer à cisterna. Sinto o arder nas mãos e o peso do balde ao subir. Os respingos da água fresca a escorrer pelas pernas. Ouço o caminhar suave e a voz calma (Será suave? Será calma?). Não sei... Só sei que sinto saudade...
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Passado
Observo pela janela as folhas das árvores balançarem suavemente. Então mente se desprende do corpo numa viagem também suave a um tempo distante. Observo um quintal, árvore frondosa onde um balanço se agita. Vozes que se misturam num alegre burburinho; viveiro de pássaros onde um pé de romã faz sombra nas águas de uma pequena fonte. Olho a casa, pequeno alpendre para onde caminho. Está tudo tão escuro, sombrio... Entro, adentro o passado. Observo, vasculho armários embutidos, procuro em vão pela colméia. Sinto falta das abelhas em meus cabelos. Escuto o ranger da corda e o tilintar do balde ao descer à cisterna. Sinto o arder nas mãos e o peso do balde ao subir. Os respingos da água fresca a escorrer pelas pernas. Ouço o caminhar suave e a voz calma (Será suave? Será calma?). Não sei... Só sei que sinto saudade...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário