sábado, 14 de agosto de 2010
RECOMEÇO
Nem sussurros e segredos
Se já não sente a pele queimar
Se já não sabe o que é sonhar
Não tenha medo de partir
Voe placidamente pra outro jardim
Busque em outro amor
O néctar doce do recomeço
Sinta novamente o coração
Pulsar descompassado
A vida fluir, lentamente, plenamente
Mergulhe no mar revolto da paixão
Viva novamente o encantamento
De um amor adolescente
Sinta a chuva molhar a pele
E o sol aquecer a alma
E então, no mais íntimo do seu ser
Escute novamente aquela canção
" Tem que ser você, sem ser necessário entender"
Havia algo errado. Sempre soube. Havia na perfeição, implicita a falsa modéstia. Na maneira de falar, a insegurança dos que mentem. Personalidade fraca e o fracasso escancarado nas relações.
Sempre soube. Havia algo errado. Na exigência incontida, nas tramas mal feitas que se revelavam na idiotice dos desfechos já esperados...
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
TRANSFORMAÇÃO
Muito cedo, raios de luz
Invisíveis aos nossos olhos
Iluminaram teu semblante
Você se misturou a essa luz
E em luz também se transformou
Guiada para o alto
Para o céu se mudou
Raios de luz agora
À nós todos ilumina
Pois na Terra precisamos
Do seu calor, do seu amor!
24/01/97
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
O BARCO
![[1224504408pAfRWzm.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir1uJIZbiTimqfDA4vHWRTfFGJwXaPlEghPUfSjB8ioGw2kzScHqrYIIyO2P0mGev5AIPbBhZwnYJ0XBOSoM-4siEtZ4oNEvuMKi-EZYCf0WxDSkJkwwmGOQXUx7z-_rtc8yDZvTEHCJk-/s400/1224504408pAfRWzm.jpg)
Há no oceano
um barco à deriva.
O mar está revolto
e no barco está o ser que mais amo... sozinho.
Grito em vão que abandone o barco
jogo a bóia da salvação.
Meu grito ecoa por entre as duras rochas.
Não quer abandonar o barco.
Se apega ao que nele antes viveu.
Foram momentos felizes.
Mas agora está só. Perigosamente só...
As ondas levam a bóia para longe.
Meu desespero aumenta junto à tormenta do mar.
As ondas jogam o barco de um lado para o outro.
Sinto que vai naufragar.
Mas agora nada mais posso fazer.
Um abandonou o barco, covardemente.
Mas o ser que mais amo
está lá, lutando... Tem esperança.
Sinto no mais fundo da alma
um frio intenso.
Já não grito.
Já não tenho forças.
Alguém luta desesperadamente,
sozinho...
Observo assustada.
Não entendo porque insiste em lutar.
Meu coração se alarma.
Percebo que não abandona o barco por medo
e não por coragem.
Observo estática.
De repente uma onda se agiganta
e se lança sobre o barco.
Acabou...
O barco é sugado vertiginosamente para o fundo.
Para o infinitamente fundo.
E agora, também estou sozinha.
Não sei se tenho coragem
de abandonar o meu barco.
30/06/10
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